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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Reflexões


Estava eu, aguardando o horário da minha entrevista para a seleção do mestrado da Unisinos, quando resolvi puxar o caderno e anotar alguns pensamentos profundos acerca dos mais variados temas, além de observações filosóficas das atitudes engraçadas que as pessoas têm ao nosso redor, ou, a exemplo do que dizia o Dinho, dos Mamonas, “os animal, têm uns bicho interessante”. Compartilho-los-os agora com vocês, e espero que essas reflexões possam enriquecer as vossas vidas:
- Para uma pessoa ficar para a história depois de morta, ela deve render lucro para alguém. (Ao lado desse pensamento escrevi: divagar sobre isso mais tarde. Ajudem-me a lembrar, please).
- Não tinha ninguém tomando sorvete antes de sentar-me aqui nessa mesinha. Peguei um, e agora tem outras quatro pessoas (sendo um casal) comendo sorvete aqui ao redor.
- O quê faz um guri ficar sentado em um banco no sol, tendo tanta sombra por esse campus, às 14h30, de boné, camiseta e bermuda jeans, num calor de quase 40 graus, mexendo no noteboock? O engraçado é que ele está no único banco que tem sol no meio desse prédio redondo cercado de árvores, e tem outros quatro bancos vazios ao redor dele com sombra. Será que ele é meio burrinho?
- Qual sorvete é melhor: o de morango ou o de coco?
- O quê faz uma mulher dessas com um cara desses?
- Por que tem um orelhão para anão aqui na frente, se tem tanta cadeira vazia por ai? Não é mais fácil um anão pegar uma cadeira para subir em cima e ligar, do que as dezenas de pessoas que precisam utilizar o orelhão diariamente ficarem se abaixando, com dor nas costas? Devia ter uma câmera 24 horas para ver se algum anão já ligou desse orelhão para anões.
- Por que o guardinha fica me olhando atravessado? Será que tenho cara de bandido? Com esses óculos e camisa social, suando feito um porco, acho difícil... Será que pensa que sou um terrorista? Ou que sou o chefe de uma quadrilha que vai assaltar uma agência bancária aqui do campus, como aconteceu nesse mesmo lugar há cerca de um ano?
- O quê será que vão me perguntar na entrevista?
- Por que não paro de suar, caraca?
- Ó: passou uma mulher com uma criança, de uns três anos, e ela está brincando no orelhão para anões. Ela ta fingindo que está ligando para a vovó! Eis uma utilidade para esse orelhão! Agora, a mãe está brigando com ela porque a coitada não quer largar do orelhão. “Vovó, ta tudo bem aqui vovó. Oi vovó. Vovóóóóóó!”. Tu vês! A guriazinha, que deve ter, sei lá, uns 80 centímetros (no chutão), está passando a conversa na mulher. Por que ela não pega a cria no colo e não leva embora de arrasto?
- A tinta dessa caneta não era azul?
- Quanto será que é a Coca nesse boteco?
- Agora chegou um cara para sentar com o casal, que descobri nesse momento que não é um casal, mas sim um guri e uma guria que são amigos. Eles estão falando sobre um tal de “curso de padrinho” e um deles está tentando convencer o outro a mentir que já fez, para escapar da bucha. Acho que é curso de padrinho para casamento. Ou será para batizado? Quem teve a idéia de fazer curso de padrinho? Nem sabia que existia isso. O tal casamento, ou batizado, será em Itajaí (SC). O pai do cara é católico, mas ele, que tem uns 18 anos, é luterano. Cada um, cada um.
- A guria foi no banheiro e os dois estão olhando para o nada com ar de besta. Lembrei do Chaves e do Kiko. Saudades dos meus 18 anos...
- Já são 14h44 e o outro guri segue lá sentado no sol. Porém, fechou o notebock e está pensando na vida.
- A guria sai do banheiro falando feito uma matraca, quebrando o silêncio filosófico dos dois. Por que mulher gosta de falar tanto?
- Agora ela saiu de novo e o silêncio voltou a reinar.
- Voltou a guria. Já chegou reclamando que a água do banheiro está quente. Por que mulher gosta de reclamar tanto? Perguntem ao David Coimbra...
- Agora, os três se levantaram dizendo que vão para a biblioteca. Ou, desconfiam que eu estou escrevendo a conversa deles...
- O guri segue no sol, e eu vou para a entrevista.
Para finalizar, achei a foto de um cara, que deve ter sido o genial inventor do orelhão para anões, que é aquela lá do início do post.
Fim.

3 Comentários:

  • dudu dudu
    o mundo mudará após estas suas lindas reflexões!
    q preconceito com anões!

    Por Blogger Carolina, às 9 de dezembro de 2008 às 14:27  

  • é isso aí mesmo! como já dizia minha amiga cassia..NAAADA CONTRA! mas pra falar bem a verdade eu nunca vi um anão ocupando o orelhão feito especialmente pra eles! ms tbm nunca vi alguem se abaixando pra ocupar o mesmo orelhão hehe....
    pensando melhor, q coisa de pobre ficar se preocupando com orelhões hahahahahahahaha, essa vida não me pertence mais!haha
    enfim...agora quero saber da tal entrevista .. e fikei realmente preocupada com o carinha q tava no sol..tu vessss

    Por Blogger Unknown, às 9 de dezembro de 2008 às 18:20  

  • Oooh! Não estou sozinho no mundo. Vou lembrar do Eduardo toda vez que alguém me olhar com uma cara estranho, como se dissesse "de que planeta tu veio" ou "tu é meio estranho, hein!" hahahah

    Por Blogger Espaço Diverso, às 10 de dezembro de 2008 às 11:58  

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