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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Altos papos com o guarda-roupa


Pois é. Eu também achava que era o único ser no mundo que não reconheceria que aquilo era um motel. Mas vou entregar a Ângela. Ela e o Reges também só ficaram sabendo depois que alguém lhes informou! Arrá!
Enfim, como mencionei no post anterior, não vou ficar falando de palestras, e acho que o que aconteceu de mais interessante na viagem, fora o Congresso, foi o que contei antes. Na verdade achei que quando terminassem as aulas eu escreveria mais aqui porque teria mais tempo, mas na verdade estou tão nervoso esperando o resultado da prova da seleção do mestrado (que sai na sexta) que não consigo me concentrar e ficar rememorando o que aconteceu. Não vou forçar a barra, e quando a inspiração bater (se é que ela vai bater) eu escrevo mais aqui sobre a viagem a São Bernardo.
Bom, resolvi escrever apenas para comunicar aos nobres leitorinhos tupiniquins que estou vivo, porém, anda faltando-me inspiração. Acho que estou em crise de identidade, sacam? Quando você pára, fica sentado na beira da cama, olhando para o seu guarda-roupa, e ele fica te olhando sem dizer nada, e você pensa “pô cara, você me acompanhou a vida toda. Eu já saí, já morei em outros lugares, morei num kitnet minúsculo onde eu levantava da cama e já estava na porta, morei outros dois anos na minha tia em Ijuí, morei quatro meses no meu tio em Porto Alegre, morei outro mês no apartamento de um amigo meu em Porto Alegre, e todas essas vezes, você sempre ficou aqui me esperando voltar. E sempre com esses adesivos que eu colei na sua madeira quando eu tinha, sei lá, dez, doze anos...”. E fico ali, divagando mentalmente com o guarda-roupa, como se ele me entendesse, e esses papos são tão terapêuticos, que depois de ouvir o seu silêncio eu me sinto mais leve...
Aliás, vou encerrar esse post para ir lá conversar com ele.

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