Poemas nos ônibus
Tive dois poemas classificados no Concurso Poemas nos Ônibus, aqui de Santo Ângelo. No ano passado tive um, que já publiquei aqui, e que está circulando pelos Tiarajus da cidade. No ano que vem serão dois, que reproduzo aqui:
Mísera elite
Meu professor disse
Que nós somos um pequeno grupo
Que representa a elite
Da Sociedade
Discutimos Marx, MacLuhan e Innis
Engel, Mauro Wolf e Marques de Melo
Mas não sobra nada
Para o pobre Bukowski
Ele disse que nós somos a elite da elite
Mas enquanto ele diz isso
Eu penso que vão me faltar
10 centavos para os 2 e 10 do busão.
A triste espera
Chego na rodoviária
E tenho que esperar uma hora
Até o Campus-Ipiranga passar
Porque eu não tenho dinheiro para um táxi
E devo 250 reais para o meu pai
Vou no primeiro bar que me aparece
E peço uma torrada e uma Cola-Cola
Às 5 e 26 da madrugada
De um dia qualquer de setembro
Uma hora depois chego
Até a casa da minha hospedeira
E enquanto acordo os outros com meu ronco
Sonho com a felicidade deixada para trás
Em uma cidade missioneira.
1 Comentários:
gostei do primeiro... Só trocaria Bukowski por Vonnegut, e eu teria escrito—se me desse o trabalho d escrever poesia, claro! : ]
Por BrnLng, às 30 de novembro de 2008 às 05:46
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