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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Conversas cruzadas


Ontem o meu amigo (CENSURADO) mandou-me dois links de blogs. Um dele e outro de um amigo. Como estava escrevendo, deixei para lê-los hoje. E realmente foi o que fiz. Só que inverti tudo. Li o do amigo, pensando que era o dele.
Bom, para vocês terem noção do que eu fiz com essa confusão, vou colocar primeiro um trecho do texto do amigo do (CENSURADO), e depois o comentário que postei no referido blog, achando que era o do próprio (CENSURADO):
Texto sobre a reforma ortográfica: “por força do ofício, em breve terei que me adaptar, mas sempre há o receio de ficar como minha avó, que, entre outras coisas, até hoje escreve o pronome esse com acento circunflexo, e ainda se refere à moeda como cruzeiro”.
Meu comentário: “Porra, acabei de escrever uma matéria sobre essa bosta de reforma. Olha, acho que toda a nossa geração vai ficar como a sua avó, aliás, lembro-me vagamente dela, ela morava perto da minha casa, não é? (...).
Cara, o amigo do (CENSURADO) vai ler isso e vai achar que sou louco. “De onde esse doido conhece minha avó?”, deve ter ficado se perguntando...

Mas o pior estava por vir no texto seguinte. Bom, não vou comentar nada, apenas postar os trechos do texto, que era sobre diversos assuntos, e na seqüência, o meu comentário:
1°) “marão é meu amigo há alguns anos, e é a única pessoa que pode me ajudar a escapar da danação eterna, porque, segundo ele, eu o inspirei o prazer do hábito da leitura. de maneira que, no dia do juízo final, diante do tribunal do todo-poderoso, já terei pelo menos uma coisa a alegar a meu favor”.
2°) “por isso me senti certa forma liberto quando abri mão da assinatura ou mesmo da leitura dos periódicos. o único efeito colateral que sinto às vezes é faltar-me assunto nas rodas de desconhecidos”.
3°) “já escrevi pra caramba. São quase cinco, o uísque e a nina simone estão se encarregando de tornar a virada de ano (não de ânus) mais fácil. agora vou ali dar uma atenção à patroa, que da cama está me perguntando o que tanto eu escrevo.
um bom sei-lá-o-quê pra vocês”.

Agora, o meu comentário sobre esses trechos (o texto é bem maior, e vale a pena lê-lo na íntegra no http://borduna.wordpress.com/):
“As patroas sempre perguntam o que estamos fazendo…. Lendo isso tudo, sei lá eu por que, lembrei do cara que escrevia novelas lá em Guarapari, e fico me questionando como ele ainda não está famoso. Enfim, só uma reflexão momentânea. Eu também me sinto completamente sem assunto quando estou entre desconhecidos, principalmente se forem burgueses que só falam do motor do carro e que o motor tal faz não sei quantos quilômetros, e papos desse tipo. Ou se estão falando sobre os Los Hermanos, que só sei que cantaram a Ana Júlia. Ah, e tem mais uma história para te salvar no Juízo Final. Conta aquela vez que você me emprestou cinco pila pra eu comprar a Playboy da Carla Peres, lembra? Isso certamente te levará aos céus... Abração maluco, muito bom os textos”.
O cara deve achar que sou completamente doido. Vocês também não devem ter entendido as entrelinhas do meu comentário, então vou explicar por alto...
Primeiro, tinha um colunista no jornal onde o (CENSURADO) trabalhava que escrevia umas novelas muito toscas! Mas toscas mesmo! Muito bizarro! Vou catar qualquer hora o jornal que ele me deu e copiar uma aqui para vocês verem. É demais de cômico. Mas não que o cara tenha a intenção de ser engraçado, ele tenta escrever novelas sérias, mas é tosco por demais. Era a isso que me referia sobre o cara que escrevia novelas em Guarapari...
Segundo, uma vez, lá em Guarapari, o (CENSURADO) me perguntou se eu conhecia o Los Hermanos, e depois de pensar um pouco, fitei-o seriamente antes de responder: “claro, eles cantam aquela da Ana Júlia”. Por Deus que ele se mijou de tanto rir. Não entendi muito o motivo da graça, já que eles cantam Ana Júlia mesmo.
E por fim, uma vez, quando ele ainda morava em Santo Ângelo, eu queria comprar a Playboy da Carla Peres, mas não tinha dinheiro. Então, ele me emprestou cinco reais e eu lhe dei uma camiseta do Grêmio como garantia de que lhe pagaria o valor sacado. Ou seja, se eu não lhe devolvesse os cinco pila, ele ficaria com a camisa. Era aquela toda azul celeste, que o Grêmio jogou algumas partidas na Libertadores do título de 2005. A número 10, do Carlos Miguel. Pois é, aí a seriedade do compromisso. Fui lá, e comprei a Playboy, que folhávamos escondido do pai e da mãe. No outro dia a revista fez mó sucesso no colégio. E graças a uma mentirinha (pedi o dinheiro para a mãe sob a alegação de que compraria uma apostila de Educação Artística), levantei o recurso necessário e resgatei a minha camisa do Carlos Miguel.
Pois é, mas o amigo do (CENSURADO), que leu o comentário, não deve ter entendido patavinas do que eu estava querendo dizer!
Para encerrar, entrem também no blog do (CENSURADO):
http://ababeladomundo.wordpress.com
Muito bom, inclusive ele comentou o meu texto da crise dos 27 no último post que eu li!
E, como diz o amigo do CENSURADO, um bom não sei o quê para vocês!

1 Comentários:

  • legal é que você acaba com meu anonimato. dá logo nome e sobrenome. sinistro. mas vá lá. confusão do caralho essa que tu arrumô, heim? deveria ser você o "ababelado". abraço, cara.

    Por Blogger ababeladomundo, às 9 de janeiro de 2009 às 11:28  

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