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sábado, 3 de junho de 2017

Uma dose de loucura


Some may never live
But the crazy never die
Alguém talvez nunca viva
Mas o louco nunca morre

Diz o quadro que está
Acima da minha cabeça
Não sei se sou louco o suficiente
Para nunca morrer
Às vezes gostaria de ser só um pouco
Mais louco do que tento ser

Contudo, há pessoas que ainda conseguem
Puxar-me de volta para a terra
Para a realidade
Nua e crua
Triste e fria
Solitária e vazia

Então eu grito:
Não, deixem-me flutuar
Deixem-me acreditar no impossível
Sonhar com o improvável
Desejar o intocável

Deixem-me voar por ai
Sendo mais um louco
A cantar pelos bares e praças
A dançar na chuva agarrado
Às patas dianteiras de um cão de rua
A gritar para dizer que é bom

É bom ser louco
E eterno
Mas não sou louco o suficiente
Para ser tão bom quanto
Um morto imortal

Preciso só de mais uma dose de insanidade
Para me desprender de tudo o que me faz mal
Que me deixaria eternamente terno
E que talvez me faria
Sentir o gozo infinito
Daqueles que não sofrem
Por serem loucos

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