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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Missão (impossível) de pai

Uma das minhas missões em Nova York é achar um brinquedo para dar de presente para a minha pequena Larissa para esperar ela em dezembro. O presente de natal, vou deixar ela mesma escolher. Então, andei pesquisando as principais lojas de brinquedos de Nova York, como a Fao, a famosa loja que serviu de cenário para o Esqueceram de Mim 2, e a Toys R Us, que fica na Times Square, no fervolho da muvuca. É uma loja gigantesca que deve ter, sei lá, uns 500 mil tipos de brinquedos diferentes. Achei até um Capitão Caverna de pelúcia. Inclusive, fiquei louco de vontade de comprar uns brinquedos pra mim, como uma bola de futebol americano ou de baseball de pelúcia, uns Legos muito maneiros que tem lá, Smurfs, Simpsons, etc. Ou seja, tem brinquedo para todas as idades e para todos os gostos. E, além disso, também fui na loja da Disney, que tem todos os personagens possíveis e imagináveis criados por Walt Disney e de todos os tamanhos e preços e formatos, além de uma porrada de roupas, camisas, vestidos, abrigos, etc.
Estabelecida a missão e traçado o plano de ação, eu me concentrei nos brinquedos que a Lari gosta mais. Primeiro, a Cinderela, que é um dos personagens de histórias infantis que ela mais gosta. Achei Cinderela de pelúcia, Cinderela em formato de boneca normal mesmo, castelo da Cinderela com príncipe, sem príncipe, com carruagem, cavalos e ratos, Cinderela de Lego para montar o castelo e a carruagem, livros, fantasias, etc. Outros personagens que ela adora: Rapunzel, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Pluto, Mickey e Miney. Fiz um levantamento mental do que ela provavelmente mais vai gostar. Mas acontece que as crianças não são nada previsíveis. Aliás, esse é um ponto importante para aqueles que ainda não são pais. Antes de você ser pai, você se ilude que o serzinho que está por vir vai ser como uma extensão de você, que você vai dizer as coisas e a criaturinha vai aceitar e absorver tudo da forma como você planeja. Mas, na prática, não é assim que funciona. Como me falou uma vez o meu amigo Marcelo Alves, no Intercom em Fortaleza, "você é uma pessoa e sua filha é outra, coloca isso na sua cabeça". Aos poucos, estou entendendo isso. Pois eu simplesmente perguntei: "qual brinquedo você vai querer: o Pluto, a Cinderela, o Mickey, a Rapunzel, a Chapeuzinho Vermelho...?" e quando termino de perguntar ela responde ou "a She-ra" ou o "Pocoyo". Ou seja, os dois únicos que não tem em toda Nova York (e olha que eu procurei). Inclusive, na Toys R Us, que creio que é a maior, andei alguns quilômetros dentro da loja acompanhado por um vendedor procurando em todos os setores possíveis e imagináveis pelo Pocoyo. Nada.
Nem sinal. Até achei um boneco parecido, mas já imaginei ela abrindo o pacote, olhando decepcionada, cruzando os braços e fazendo beiço de braba, dizendo "não é o Pocoyo".
Então, diante desse cenário, encontro-me aqui, tendo que me virar para tentar convencê-la a escolher outro presente. O Pocoyo até tem na internet, mas deve vir da Europa, pois a entrega é mais cara do que o próprio boneco. A alternativa mais viável é encomendar no Brasil mesmo, que sai mais barato. Quanto a She-ra, bom, as únicas que tem na internet são de colecionadores e custam muito caro. E aqui não tem em lugar nenhum também. Por isso ser pai é uma missão que não é para os fracos.
Porém, todavia, contudo... quando você corre atrás de algo e vê aquele sorrisinho lindo de princesa no rosto da criaturinha, você conclui que tudo valeu a pena... Pelo menos até a próxima missão impossível...

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