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domingo, 14 de julho de 2013

About Ensaios de amor

Terminei de ler Ensaios de Amor, de Alain Botton, um suíço que mora na Inglaterra. Comprei esse livro por uma indicação feita, acredito eu, por engano. Um amigo meu disse que o Botton era um filósofo francês com menos de 30 anos que escrevia muito. Eu acreditei, mas assim que peguei o livro pra ler descobri que o Botton na verdade era suíço e nascera em 1969.
Mas isso é o que menos importa. O que realmente conta é o texto em si. Admito que, se não fosse a indicação feita por engano, eu nunca teria lido esse livro. E só segui até o fim porque são poucas páginas (200 na versão Pocket). Na verdade, Botton vai refletindo sobre o amor a partir de um relacionamento seu com uma ex-namorada que ele, no passado, acreditara que era o amor de sua vida. Qualquer pessoa que namorou sério por um longo tempo, foi casada ou viveu junto vai ler o livro até o fim pensando “eu já conheço essa história”, mas, pelo menos comigo, essa identificação não foi no sentido do “bah, que legal, é exatamente assim”, mas sim, no sentido “boring” do termo.
Acho que a fórmula não conta com um resultado comum a todos e acredito que as tentativas de tirar “lições” e de tentar definir sob um ponto de vista psicológico e filosófico o que “pode funcionar” e o que “não funciona – don’t work” é completamente falho e, inclusive, anti-filosófico, pois nada mais controverso do que tentar determinar matematicamente o ser humano a partir do prisma filosófico...
Alguns elementos abordados pelo autor você vai considerar básicos se você já parou pra pensar minimamente sobre o assunto: quando você está conhecendo uma pessoa, você tem todo um universo de possibilidades imagéticas do outro lado (que geralmente você preenche da maneira que melhor lhe convém): o passado, o presente, os sonhos para o futuro, as personalidades, o humor, o gosto, a personalidade, etc. Depois que você conheceu (e geralmente essa conclusão ocorre na famosa crise dos 7) não há muito espaço para a imaginação, e é aí que, por melhor que um possa ser com o outro, o troço vai ficando “boring” mesmo. Claro, há fórmulas e teorias que tentam trabalhar no sentido contrário, mas estou falando sobre a relação entre imaginário e relacionamentos... Ou seja, isso também não é uma fórmula matemática que se aplica a todo mundo, cada caso é um caso...
Por fim, não sei pra quem esse livro pode ser indicado, pois não indicaria nem para quem está caçando e nem para quem já viveu as mesmas situações que o livro retrata... Mas, por uma dessas questões mercadológicas da vida, quando foi lançado, em 1993, a obra foi um best-seller.
Estou tentando voltar à ativa no blog vagarosamente, mas como já disse aqui, estou escrevendo paralelamente para outros veículos bloguísticos, e está difícil sobrar um tempo à toa para escrever coisas sobre outras coisas sobre outras coisas....
Até o próximo surto de inspiração.

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