* Publico esse belo poema inédito de Ronaldo Fronza Júnior (in memorian).
Na
beira do mar
Todos
bebiam
E
ficavam bêbados
Até
que eu disse
“Ei,
vou mijar”
E
fui
Mijar
Deitei
na beirada
Das águas salgadas
Do Atlântico
E
quando estava lá
Tentando
mijar
Ela
apareceu
Loira,
tatuada
Com
o biquíni completamente enfiado
No
rabo
Perfeito
Olhei
para ela
Que
se sentou a poucos metros
Ao
meu lado
Tinha
as costas totalmente tatuadas
Usava
óculos escuros
E
gritava para o gurizinho de três anos
Que
a chamava de mamãe, na beirada
Esperar
Ela
mijou
Eu
mijei
Mijamos
juntos
Eu
olhando para ela
E
ela olhando para o filho, disfarçadamente
Foi
muito bom
Inesquecível
Nossas
urinas se unindo
No
mar, na praia
Enquanto
as pessoas
Bebiam
e conversavam na areia
Terminei
de mijar e fiquei ali
Observando
Enquanto
ela se levantava
E
partia
Como
se nada
Tivesse
Acontecido
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