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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Confesso que li o Confesso que Vivi


Não sou um fanático ou especialista em poesia. Até gosto, mas como não entendo da parte teórica da coisa, meus critérios são totalmente amadores e sentimentais. Odeio aquelas em que passo os olhos e não entendo patavinas e adoro as que consigo captar o que o poeta quis dizer e com a qual me identifico. Dos brasileiros, lembro que gostei quando li alguma coisa do Vinícius de Moraes e do Mario Quintana. Universalmente, gosto das do Bukowski e do Jorge Luis Borges (comprei a obra completa dele, em espanhol, numa livraria de Burgos, na Espanha). E tenho uma vaga lembrança de que gostei muito das Flores do Mal, de Charles Baudelaire, quando li há uns 15 anos, ainda na graduação. Enfim, vez ou outra gosto de pegar um livro de poesia para tentar me inspirar. Recentemente comprei “100 sonetos de amor”, do chileno Pablo Neruda. Daí parti diretamente para a autobiografia dele, pois gosto de narrativas de memórias dos monstros da literatura universal.
Confesso que quando pedi o livro para o Papai Noel da minha mãe eu não sabia quase nada sobre o Neruda. Dando uma pesquisada na internet, descobri que ele era o poeta do amor na América Latina (eu o colocaria ao lado do Vinícius de Moraes) e que foi ativista político de esquerda, lutando contra ditaduras e contra o nazismo na Segunda Guerra. Outra coincidência que fez com que me interessasse ainda mais pela obra, é que ele é contemporâneo do Erico Verissimo: Neruda nasceu em 1904, no interior do Chile, enquanto Verissimo nasceu em 1905, no interiorzão do Brasil – mais especificamente em Cruz Alta, cidade natal de meu pai. As datas das mortes também são próximas: Neruda em 1973 e Verissimo em 1975. Por si só, achei isso interessante: dois monstros da literatura de dois países latino-americanos que se consagraram com estilos diferentes: Verissimo no romance e Neruda na poesia. Os dois viveram a mesma época de história universal (Primeira Guerra na infância, Segunda Guerra na idade adulta) e ainda acompanharam momentos históricos semelhantes de seus países. Mas não vou entrar nessa questão, pois isso não é um artigo científico em que vou comparar as narrativas. Apenas me limito a dizer que, “Solo de clarineta”, de Verissimo, e “Confesso que vivi”, de Neruda, são semelhantes e diferentes ao mesmo tempo.
Talvez a principal diferença (e a partir de então não vou mais mencionar o livro de Verissimo) é que o autor brasileiro conta em detalhes a infância e comenta a fundo as personalidades dos integrantes da sua família, enquanto Neruda passa rápido pela infância vivida em Temuco. Sobre a mãe biológica, o poeta conta que tinha apenas uma informação sobre ela: uma foto em um quadro e o seu nome. Ela faleceu um dia depois do nascimento do futuro poeta chileno. Então, Neruda foi criado pelo pai (maquinista) e pela madrasta, que acabou sendo a sua mãe de coração. Na narrativa, Neruda comenta bem brevemente esse período e pula direto para a adolescência, quando ele explorava a região de Temuco andando a cavalo. Ele também não fala muito sobre o liceu, ou seja, o colégio interno onde estudou o que hoje é chamado de Ensino Médio. Rapidamente ele parte para a sua mudança a Santiago, já ingressando na universidade. A partir de então, o autor começa a se aprofundar um pouco mais em alguns acontecimentos e sentimentos.
A vida de Neruda em Santiago reflete bem o clima da época: ele logo se junta a outros candidatos a escritores e poetas, todos cheios de sonhos e sem dinheiro no bolso. Moram em quartos baratos e comem mal. Um deles recebe o apelido de “Defunto”, de tão magro. Todo o ano, no dia de finados, Neruda e seus amigos ofereciam um jantar no cemitério para o “Defunto”. O livro, aliás, está cheio de anedotas como essa. Também é marcante a narrativa sobre a publicação de seu primeiro livro: ele tinha menos de 20 anos e vendeu praticamente todos os seus pertences para pagar o impressor. O dinheiro não foi o suficiente e o impressor, impávido, não queria liberar as cópias sem a dívida ser quitada. Um crítico literário, amigo de Neruda, acabou doando a quantia que faltava. Assim, mesmo sem um puto tostão no bolso, Neruda saiu da gráfica com suas cópias de livros e o coração alegre.
Nesse período, Neruda também publica frequentemente em revistas e jornais e com 20 e poucos anos já tinha algum nome. Assim, um amigo lhe apresentou para um funcionário do Ministério das Relações Exteriores, que adorava poesia. O sujeito prometeu ao poeta um cargo de diplomata fora do país. O tempo passou e nada do cargo surgir. Mais adiante (Neruda não é muito preciso nas datas, às vezes ele dá a entender que está pulando alguns anos sem mencionar o tempo exato que se passou) um amigo pertencente a uma família influente resolve lhe apresentar ao próprio ministro de Relações Exteriores. Na conversa do ministro com um assessor, ele tenta ouvir as cidades que teriam uma vaga disponível, e a única cidade que ele consegue pescar é Rangoon (hoje a maior cidade de Mianmar, país que fica entre a Tailândia e Bangladesh). Assim, quando o ministro lhe pergunta para onde quer ir, ele responde, sem pestanejar:
- Rangoon!
A partir de então, as memórias de Neruda se tornam uma narrativa de viagem digna dos aventureiros contemporâneos como Airton Ortiz e o meu amigo Sérgio Stangler (que, aliás, é casado com uma chilena). Ele conta nas páginas seguintes sobre a viagem até Rangoon, sobre a falta de grana, sobre os desencontros numa época sem internet e sem telefone (estamos na década de 1920). Não lembro exatamente, mas ele também mora em outros países das redondezas, e em um deles, o poeta se envolve com uma nativa que é descrita como ciumenta e psicótica. Ele conta que a moça tinha ciúmes de tudo e que escondia a sua correspondência, desconfiada de que poderia ser de outras mulheres. Em outro momento, o escritor desperta de madrugada e a flagra acordada, com cara de maluca e com uma faca na mão.
Por sorte, Neruda é deslocado para Ceilão (onde hoje é o Sri Lanka) pelo governo chileno. Para não levantar suspeitas na amada, o poeta sai de casa, como todos os dias, mas embarca em um navio e some para sempre – pelo menos é o que ele pensava. Tudo vai bem, segue a narrativa de Neruda, até que ele está lá no atual Sri Lanka quando de repente a sujeita aparece e arma o maior barraco. A polícia local lhe dá duas opções: receber ela ou deixar que a polícia a deporte na marra. Neruda acaba acalmando-a e convencendo-a a retornar ao seu país de origem. Em uma despedida de lágrimas e muito drama, ele confessa que quase cedeu à emoção, mas a razão venceu, e ele a despachou de volta ao seu país natal.
Nesse trecho do livro há várias histórias que têm como palco o Oriente. Se por um lado Vinícius de Moraes foi casado nove vezes, Neruda desmanchou corações ao redor do mundo. Outra moça, que ele conheceu em uma viagem e que era a mulher “encomendada” para um chinês, acabou lhe dando uma calcinha com dedicatória ao amado chileno. “A vaporosa calcinha, com sua dedicatória e suas lágrimas, andou em minhas valises misturada com minhas roupas e meus livros por muitos e muitos anos. Não soube nem quando nem como alguma visitante abusada saiu de minha casa vestida com ela” (p.103).  
A próxima parada de Neruda é a Holanda. Sobre essa breve passagem, ele conta algumas anedotas, porém, a principal é o comentário de um alemão sobre o aparecimento de um maluco chamado Bolso... ops, quer dizer, Hitler. Transcrevo o diálogo relatado pelo poeta:
“- E esse Hitler, cujo nome aparece de vez em quando nos jornais, esse chefe antissemita e anticomunista, não acha que ele possa chegar ao poder?
- Impossível – disse.
- Como impossível se o absurdo é o que mais se vê na História?
- É que você não conhece a Alemanha – sentenciou. – Ali é totalmente impossível um agitador louco como esse poder governar qualquer aldeia” (p.108).
Não preciso dizer mais nada... A partir de então, Neruda, que relata que os poetas são as pessoas mais “da paz” da humanidade se veem obrigados a tomar partido diante do caos da guerra. Primeiro, ele vai para Madrid e lá está quando estoura a Guerra Civil com o golpe franquista que leva o militar e ditador Franco ao poder. Neruda, por criticar os franquistas é demitido do cargo de cônsul e se manda para a França com os derrotados. Depois da guerra, ao retornar ao seu apartamento, ele encontra marcas de balas, livros revirados, porém, a única coisa que os soldados levaram foram máscaras que ele carregava desde o Oriente. É pela guerra civil que Neruda se torna comunista. Ao se deparar com a execução aleatória de qualquer pessoa por desconfiar que fosse antifranquista, ele percebe nos comunistas espanhóis a única força organizada para combater os malucos sanguinários. Assim, ele se junta a outros escritores e poetas europeus que organizavam movimentos antifascismo.
Nesse período, o poeta chileno fica entre Europa e Chile. O relato, porém, é interessante, pois enquanto no Brasil o Partido Integralista era um braço do nazismo, no Chile também havia diversos grupos apoiadores de Hitler. “Em toda parte formava-se pequenos grupos que levantavam o braço fazendo a saudação fascista, disfarçados de guardas de assalto. Mas não se tratava somente de pequenos grupos. As velhas oligarquias feudais do continente simpatizavam (e simpatizam) com qualquer tipo de anticomunismo” (p.138).  Familiar, não?
Neruda, mesmo sendo o poeta da natureza e do amor, vivendo num ambiente desses, acabou tomando partido e usou a imprensa para combater os fascistas de ultradireita, sendo ameaçado de morte e sofrendo boicotes. Mais adiante, quando troca o governo chileno, o presidente envia Neruda para buscar os espanhóis derrotados na guerra civil para emigrarem ao Chile. Depois de alguns desentendimentos com o chefe de Estado, Neruda cumpre a missão. Sobre isso, por pura coincidência, tive que ver o Diogo Mainardi criticando e ironizando o novo livro de Isabel Allende, intitulado “Longa Pétala de Mar”, que narra a empreitada encabeçada por Neruda e que levou mais de dois mil espanhóis para a América do Sul após a Guerra Civil. Ao ver aquela cara deslavada do Mainardi no Manhattan Connection, fiquei me perguntando: quem diabo é Mainardi se comparado com Neruda?? Um zé ninguém... Um ser completamente insignificante, que desponta para o anonimato, como diria Paulo Francis, que ele tanto gosta de imitar. Quem vai ler uma biografia escrita por esse zé mané de meio neurônio (e para piorar: brasileiro!!) daqui a 50 anos, como eu estou lendo a do grande Neruda hoje, em 2020?? Ninguém! NIN-GUÉM! N-I-N-G-U-É-M!!
Bem, feito esse parêntese, seguimos com o “Confesso que vivi”. A partir de então a narrativa é um longo revezamento entre momentos em que Neruda estava em paz com o governo e, nesse caso, ou morava no Chile ou ocupava alguma embaixada fora do país, e momentos em que estava cumprindo o seu papel de senador da oposição e, consequentemente, sendo perseguido, refugiando-se em outros países e sendo caçado pela direita chilena aonde quer que estivesse.
Na página 160, ele comenta porque adotou o nome de Pablo Neruda, pois seu nome de nascença é Neftali Ricardo Reyes Basoalto. O motivo, conforme aponta o poeta, é bem simples: quando tinha 14 anos e começou a publicar as primeiras poesias nas revistas, ele teve que criar um pseudônimo para que o seu pai, conservador, não o reconhecesse (ora, já se viu, meu filho ser poeta e vagabundo!). Assim, ele encontrou esse nome tcheco sem saber, na época, que se tratava de um grande escritor do leste europeu.
Conforme já mencionado, Neruda atuou ativamente na luta contra os nazistas na Segunda Guerra, porém, findado o conflito, em 1945, quando tinha 41 anos, iniciou-se uma guerra quase silenciosa e que, ideologicamente, persiste até hoje: a Guerra Fria. Muitas das descrições do conflito Estados Unidos/capitalismo e União Soviética/socialismo seriam completamente aplicáveis à contemporaneidade. Filiado ao partido Comunista chileno, Neruda volta e meia é perseguido pelo seu próprio governo. Essa relação conflituosa vai até o fim das memórias e da vida do poeta, assim, não aparecem muitas informações e detalhes sobre vida familiar e nem sobre os seus dois casamentos.
Não vou me alongar muito mais (pois esse texto já está bem grande), porém, quero fazer algumas últimas considerações antes de encerrar essa resenha. Primeiro, uma curiosidade: estava Neruda na companhia de Jorge Amado, em visita a China, quando de repente, ao passar por turbulências próximas aos montes gigantescos chineses, começou a chover dentro do avião. A narração de Neruda é hilária e apavorante para ser lido por alguém como eu, que tem fobia de avião: “Começou a chover dentro do avião.
A água se infiltrava por grandes goteiras que me recordavam minha casa de Temuco, no inverno. Mas eu não achava a menor graça nestas goteiras a 10.000 metros de altura. O engraçado, isto sim, foi um monge que vinha atrás de nós. Abriu um guarda-chuva e continuou lendo, com a serenidade oriental, seus textos de antiga sabedoria”. Caso isso acontecesse comigo, não haveria nenhuma possibilidade de eu sobreviver, pois enfartaria na mesma hora.
Agora sim, para finalizar, breves considerações sobre temas mais delicados. Primeiro, Neruda justifica em diversos momentos porque é de esquerda. Isso, para mim, também é óbvio: logicamente que os grandes magnatas e ricaços da humanidade vão lutar sempre e financiar o máximo que podem a luta contra a esquerda, como aconteceu na Operação Condor na América Latina e em outros diversos exemplos. Isso é compreensível e justificável, pois obviamente eles não querem partilhar a sua fortuna com mais ninguém. Quem tem bilhões não se importa se há gente morrendo de fome. Cobrar mais impostos das grandes fortunas sempre despertou a ira das oligarquias, e isso sempre foi assim no Brasil, no Chile, na Argentina, no Uruguai, no México, enfim, no mundo inteiro. Então, ideologicamente a direita sempre defendeu o cada um por si, onde se uma pessoa tiver “competência” para ganhar todo o dinheiro do mundo, enquanto o resto come migalhas, está tudo conforme a regra do jogo. Já a esquerda prevê regras onde não se pode alguém ter bilhões enquanto outros morrem de fome. Logicamente que a esquerda tem uma visão mais humanista. O problema começa, no entanto, quando deixamos a teoria de lado e vamos para a prática.
Na prática – e aqui vem minha crítica ao Neruda – isso poucas vezes deu certo. O poeta chega a descrever um Mao Tse Tung libertador (pois ele foi resultado de uma revolta contra um governo ainda mais sanguinário e opressor), porém, ele mesmo se desilude e logo vê a psicopatia do líder chinês, caçando os “direitistas” da mesma forma que os nazistas caçaram os judeus e as minorias. A minha crítica mais forte, porém, é o enaltecimento acrítico que ele faz de Fidel Castro e Che Guevara. Os dois comandaram revoluções, é verdade, porém, basta ler alguns livros de autores cubanos que você vê que o governo Fidel ferrou com a vida de muita gente logo que tomou o poder. Sem contar as perseguições e os julgamentos injustos que condenaram à morte quem pensava diferente. Não vou me aprofundar nisso, mas tanto direita quanto esquerda perdem a razão quando perseguem opositores com qualquer tipo de repressão, seja censura, prisão ou morte.
E, ao não reconhecer as atrocidades cometidas não só por Fidel e Che Guevara, mas também pela coluna Prestes (ver reportagem da Eliane Brumm sobre o assunto), ele está defendendo o indefensável: governos e movimentos que perseguiram e mataram opositores. Eu, particularmente, por defender essas críticas à grandes nomes da esquerda, já fui chamado de “direitista”, bem como sou chamado de “esquerdista” e “comunista” por apoiadores de governos que, ideologicamente, assemelham-se ao nazismo e que tem raízes fascistas, como os atuais governos Trump e Bolsonaro. Mas não vou entrar nesse assunto hoje.
Pulo direto para a morte de Neruda, assassinado pelo governo Pinochet. Há reportagens sobre isso de 2017, quando ficou comprovado cientificamente que Neruda foi assassinado. O golpe do general Pinochet ao governo de esquerda de Salvador Allende (assassinado em um ataque aéreo comandado pelos americanos) foi em 11 de setembro de 1973. Neruda escreve o último parágrafo do livro, conforme ele mesmo, três dias depois, ou seja: 14 de setembro de 1973. E exatamente nove dias depois de colocar ponto final em seu livro de memória, quando estava no hospital para tratamento de um câncer de próstata, os militares de Pinochet conseguem se infiltrar no hospital para colocar uma dose letal em uma das injeções que são aplicadas no poeta. Neruda era senador, era ativista, era pacifista. Ele fazia barulho e incomodava, sendo inclusive cotado para ser o candidato nas eleições de 1970, só desistindo da candidatura devido à intenção de Allende de concorrer ao cargo de presidente. Quando Pinochet mata Allende e seus apoiadores, certamente Neruda estava na lista dos que deveriam apagar. Não perderam tempo, pois em outras vezes, o poeta conseguiu fugir de outros governos militares para partir para a Europa (numa dessas vezes, ficou preso na Argentina). Os embaixadores do Chile pressionavam os governos dos países aonde ele se encontrava para deportá-lo. Assim, ele tinha que ir fugindo, de país em país, até que encontrasse um lugar onde lhe dessem asilo político (Roma e Paris são duas dessas cidades). Aliás, essa é a temática principal da segunda metade do livro, pois ele narra essas fugas e perseguições ao mesmo tempo em que comenta a sua obra.
Bueno, empolguei-me, pois é empolgante, complexa e histórica a vida de Neruda. Mesmo discordando de alguns pontos de vista do poeta, considero que ele viveu em um período em que era impossível ficar em cima do mundo: foram duas guerras mundiais, a guerra civil espanhola e o auge da Guerra Fria. Infelizmente, ele não pode viver uma vida para apenas escrever sobre a natureza e o amor, temas que lhe eram muito caros. Hoje, vendo o que está acontecendo no Chile, penso que certamente ele estaria incomodando os poderosos, lutando do lado do povo. E, mais uma vez, estaria sendo perseguido. Por isso não me canso de repetir: cada vez mais precisamos de escritores, artistas e poetas humanistas. Quem quer, pode chama-los de comunistas - que se fodam -, afinal, é função dos humanistas fazerem as massas acordarem, pois, se um dia isso acontecer, não sobrará pedra sobre pedra nas oligarquias espalhadas pelo mundo. Mas isso já é outro assunto... Aqui, fica a dica de leitura: “Confesso que vivi”. Em tempos de ressurreição de radicalismos que flertam com o fascismo, só posso admitir: confesso que li e que gostei.

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