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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Torcida americana

Semana passada tive uma experiência incrível, mas que me ensinou um pouco mais sobre a cultura americana. Entretanto, começo por algumas considerações até chegar ao clímax dos acontecimentos.
Dentre os esportes mais populares praticados nos Estados Unidos, certamente o basquete é aquele com que mais me identifico. Porém, essa identificação não é apenas pela distância que nós, brasileiros, temos do baseball e do futebol americano. Primeiro, lembro que nos anos 1990 eu era um dos milhões de fãs do Chicago Bulls de Michel Jordan espalhados pelo mundo (lembro que eu tinha camisa e boné dos Bulls). Depois, já na virada dos anos 1990 para os anos 2000, lembro que durante alguns anos acompanhei a NBA pela TV. Recordo que, na época, adotei o San Antonio Spurs como meu time na liga. E tenho na lembrança vários jogos marcantes, decididos no final, com lances emocionantes. E, claro, no Brasil, nos anos 1990, também me emocionei na frente da TV torcendo para o Corinthians de Santa Cruz do Sul que estava sempre na disputa do título nacional. Por isso e muito mais é que me identifico com o basquete, e foi com tudo isso em mente que eu tinha o sonho, antes de vir pra os Estados Unidos, de assistir a um jogo da NBA. E realizei esse sonho na última semana.
O jogo era New York Knicks x Charlotte. Ainda é pela fase classificatória para os Play-Offs, mas como o jogo também marcava a reabertura da hiper-moderna arena Madison Square Garden, o troço lotou. Só pela arena já valia o ingresso, afinal, ela é aclamada pelos nova-iorquinos como a mais famosa e moderna do mundo (pois além dos jogos dos Knicks, serve de casa dos Rangers no rockey e de palco para shows e lutas – Auhammad Ali e Mike Tyson passaram por esse palco). E, pelo jogo, eles poderiam cobrar mais outra entrada. A partida é um espetáculo, com lances geniais a cada momento. Enterradas, ponte aéreas, cestas de três pontos, você realmente não pode piscar para não perder nada. E, no intervalo, sempre aparece algum ator ou atriz hollyoodiano que está presente no ginásio no telão. É um espetáculo inesquecível. Porém, algumas coisas me chamaram a atenção, e é sobre isso que queria comentar sobre a cultura americana.
A cada parada de bola, assim como no baseball, os torcedores ficam pagando mico na tentativa de tentar aparecer no telão. E, quando aparecem, é uma festa pitoresca da arena toda. Sinceramente, senti muita vergonha alheia nesse dia, pois os americanos se divertem com pançudos de meia-idade dançando sem nenhuma ginga com um copo de cerveja na mão aparecendo no telão... Mas essa não é a questão.
O problema, pra mim, foi quando o jogo foi indo para o final. Os Knicks passaram a partida inteira ganhando por uma diferença superior a 10 pontos. E, quando faltavam menos de cinco minutos, o Chalortte encostou. E empatou. E na parada técnica, eu nervoso com o jogo, irritado com os jogadores que estavam entregando a rapadura, e os americanos estavam... dançando para aparecer no telão!! Fiquei indignado! Imagine o Grêmio ou Inter perdendo em casa e a torcida, ao invés de ficar preocupada, roendo as unhas, começar a fazer festa e dançar bizarramente para aparecer no telão!! E, para piorar, o Charlote virou: 85 a 83. E os americanos continuavam mais preocupados em aparecer no telão....
Enfim, não sobrou espaço para as interpretações, mas acho que nem precisa. Os fatos, em si, já explicam muita coisa dessa sociedade bizarra...

PS: Texto a ser publicado no J Missões dessa semana.

4 Comentários:

  • Eu leio, eu leio! As vezes não comento, mas leio, pelo menos um leitor fiel tens.

    Por Blogger Marcos, às 29 de outubro de 2013 às 05:15  

  • Fuck german!

    Não ficou muito claro, a sociedade bizarra é os EUA ou o Brasil?

    Vale a pena perder a cabeça por um jogo? Será? Será?

    Me questiono isso ao mesmo tempo que perco cabelos depois do jogo contra o coxa.

    fuck german!

    Por Blogger Zaratustra, às 29 de outubro de 2013 às 17:33  

  • fuck, germans! porra, marcos, tu comenta mas não lê! uahauhau (brincadeira..ehehe) e porra, Zaratustra, as duas, mas tava me referindo à americana...
    e sei lá, não vale perder a cabeça por nada.. mas se não perde, que graça tem?
    fuck!

    Por Blogger Eduardo, às 29 de outubro de 2013 às 19:58  

  • Na minha opiniao acho que os torcedores de futebol aqui do brasil deveriam fazer o mesmo. E fazer a sua festa, se divertir ao inves de dar moral pra jogadpres mercenarios que nao tao nem aí pra torcida e se importam apemas com seus altos salarios. Eles fngem que se importam. A realacao no futebom entre torcida e clube e como na politica, em que o torcedor e o povo manipulado. Ficou cok tok revloltado e serio de mais HAHAHAHA

    Por Blogger Márcio, às 30 de outubro de 2013 às 05:06  

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