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domingo, 1 de julho de 2012

Escolhas inteligentes

Nesse domingo fiz uma escolha inteligente, que me deixou muito orgulhoso de mim mesmo: troquei o jogo do Grêmio por um festival de música. Na verdade a história toda foi ãnsim: a Lauritcha queria ir no tal festival de música, que ocorreria de noite no Theatro Guarany e era no mesmo horário do jogo do Grêmio. Estava muito afim de ver o jogo, pois se o Grêmio ganhasse assumiria a vice-liderança do Brasileirão. Isso sem contar em ver de novo a torcida do Grêmio xingando e vaiando o Pilantra o jogo todo, ou seja, tinha tudo para ser o jogo do ano no Olímpico, mas... Mas, primeiro lembrei da cagada que fiz ao ir no jogo contra o Palmeiras do Felipão pela Copa do Brasil. Naquela vez, comprei bandeira e chapéu na empolgação, mó clima de otimismo e festa, e o Grêmio não honrou a camisa, a torcida, etc, e abriu as pernas para o Felipão. Então, pensei comigo mesmo: “como vou deixar a guria sem ir ao festival de música por causa de um bando de pernas de paus que não estão nem aí para a torcida e que não tem o mínimo de vergonha na cara?”. Depois, pensei ainda: “pô, tem gente que se inspira ou tem a paixão despertada por determinada arte a partir de uma apresentação ou leitura, então vou levar ela lá e mandar para o espaço esse time de bosta”. E lá me fui com a Lauritcha para o teatro. Não vou ser hipócrita e dizer que não pensei no jogo. Quando estava na hora do intervalo, falei para a Lauritcha: “vamos ali no posto dar uma espiada”. Como o festival, que era comemorativo aos 200 anos de Pelotas, duraria mais umas duas horas, fomos lá sem culpa pegar a metade do segundo tempo. Enfim, o pouco que vi só serviu para me convencer de que definitivamente tinha feito a coisa certa.
No festival, as músicas estavam perfeitas, as apresentações eram de altíssima qualidade (pelo menos para um leigo como eu), afinal, eram grupos, dançarinos e dançarinas de todas as idades e de várias regiões do Brasil, e ainda as bailarinas tinham umas belas pernas que já superavam as pernas de paus dos milionários tricolores. Aliás, é foda pensar que todos aqueles que se apresentaram provavelmente tiveram que ralar para participar de um festival no minguinho do Brasil, enquanto uns barbados sem vergonha na cara perdem descaradamente, sem brigar, sem dar pau no Pilantra, diante de milhares de torcedores-trouxas. Se esses filhos da puta pelo menos se dignassem a fazer algo pela sociedade com a fortuna que recebem, ainda valeria a pena. Mas não, além de não jogarem nada, não correrem, não suarem, não se indignarem, não brigarem, não baterem, eles ainda saem para a noite no dia seguinte como se nada tivesse acontecido, enquanto o miserável torcedor gastou o que não podia para ir lá sofrer pelos filhos da puta. E, se pá, ainda dão risada dos torcedores-trochas que perdem o sono torcendo por conta deles. Cambada de filhos das putas. Fica aqui o meu repúdio a esses estercos da sociedade e meus parabéns para todos os que participaram do festival em Pelotas. Postei vários vídeos das apresentações no youtube. Procurem lá pelo “eduardoritter21”. Hasta!

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