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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Overdose de Gre-Nal

Esse pode ser um ano histórico para a dupla Gre-Nal. Um ano de grenais. Comecemos pelo básico. Quase certamente haverá, nas semifinais do Gauchão, o segundo clássico do ano. O jogo será no estádio Olímpico, fato este que, a meu ver, coloca o Grêmio na condição de favorito. No segundo turno deverá haver outro Gre-Nal e, se cada um ganhar um turno, teremos mais dois grenais na final do Gauchão, um em cada estádio. Pelo Campeonato Brasileiro são dois grenais garantidos: um em cada turno, um no Olímpico e outro no Beira-Rio. E, caso os dois times sigam na Libertadores, que pelo que parece, é o que vai acontecer, teremos mais dois grenais pela competição mais importante da América.
Teríamos, então, nove grenais no ano. Uma overdose de Gre-Nal. Meu time, particularmente, já ganhou um. Faltam oito. Porém, como torcedor, gostaria de ver meu time perder os sete entre Brasileiro e Gauchão, e ganhar os dois grenais mais importantes da história da existência dos dois clubes: o da Libertadores.
Mesmo vendo o Inter sofrer diante de um risível Emelec do Equador e vendo o Grêmio precisar da ajuda do árbitro para ganhar em casa do fraquíssimo e inexpressivo Oriente Petrolero, não vejo adversário que ameace a vida da dupla na competição. Na verdade, acho que os únicos que podem estragar a festa gaúcha são os outros brasileiros, em especial Santos e Cruzeiro. Aliás, o time mineiro começou dando espetáculo, fazendo 5 a 0 no sempre favorito Estudiantes. Porém, vale lembrar que, em 2009, ano em que o Estudiantes venceu o Cruzeiro na final da Libertadores, foram duas goleadas na primeira fase: 3 a 0 para o Cruzeiro, em Minas, e 4 a 0 para o Estudiantes, na Argentina. Portanto, mesmo tendo sido goleado na primeira rodada, também não podemos menosprezar os argentinos, que, na minha humilde opinião, ainda formam o time estrangeiro mais forte.
Agora, imaginemos o que vai acontecer caso Grêmio e Inter se enfrentem pela Libertadores. Com certeza o treinador do time perdedor será demitido. Nem mesmo a fama e a glória já conquistada por Renato Gaúcho no passado o salvaria de uma demissão. Aliás, pelo que se conhece do caráter do Renato, acredito que ele mesmo pediria demissão. “Quero me desculpar à torcida do Grêmio por toda essa tragédia vergonhosa, na qual eu fui um dos responsáveis...”, diria, com lágrimas nos olhos. Já se o Inter for eliminado, Celso Roth, mesmo dizendo que jogou melhor, seria igualmente demitido. “Nosso time jogou melhor os dois jogos, mas essas coisas são infelicidades do futebol e alguém tem que pagar o pato”, comentaria sem pestanejar, na maior cara de pau. Já os jogadores que perderem, ficarão marcados por suas torcidas. O jogador que falhou no gol do adversário terá que se mudar do Rio Grande do Sul e ficará proibido de aqui retornar. Enfim, será o jogo da história. Nem os Corinthians e Palmeiras que já ocorreram em Libertadores são comparáveis a um Gre-Nal. Será o jogo da vida de todos. Será o Gre-Nal dos grenais.
* Texto publicado no Jornal das Missões de sábado.

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