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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dois livros que não indico

Mesmo trabalhando, estou tentando aumentar a média de livros lidos anualmente pelos brasileiros. Dia desses terminei “O jogador” do meu amigo Dosti. Um bom livro, por sinal. Faz jus à fama que tem de clássico. Entretanto, nunca demorei tanto para ler um livro de 200 páginas: duas semanas. Porém, vale ressaltar que a demora foi pela minha falta de tempo e não pela qualidade da obra. Faz parte.
No entanto, hoje não vou falar desse livro, que indico aos preguiçosos leitores imaginários desse blog. Quero falar, sim, de dois livros que não indico. Sinto-me na obrigação de precavê-los dos livros chatos e cansativos, da mesma forma que indico os livros bons e empolgantes. Sacumé, qualquer dia desses o malicioso leitor vai sair falando por aí: “tudo que esse cara lê acha bom e indica no blog. Até bula de remédio ele chama de ‘imperdível’”. Então, conto aqui brevemente duas tentativas frustradas de ler um livro.
O primeiro, talvez alguns leitores até possam gostar. Trata-se do “Andarilho das Estrelas”, de Jack London. Peguei essa obra na biblioteca da PUCRS, quando ainda morava em Porto Alegre, em 2009. Li mais ou menos metade do livro. No início até achei bom, entretanto, a história não anda. Resumidamente, o personagem é preso, sofre várias torturas, e, já sem saber mais o que fazer para fugir da dor, ele resolve “morrer” um pouco e, em cada “morte”, ele visita vidas passadas, etc. A história até parece interessante, porém, achei a linguagem e o enredo um tanto densos e “arrastados” demais para o meu saco. E olha que, por se tratar de Jack London, eu li esse livro de boa vontade, pois ele escreveu Martin Eden, um dos melhores (se não o melhor) livro que já li até hoje. Mas, dessa vez, não emplacou. Por isso, não indico esse livro para você, preguiçoso leitor. Se quiser Jack London, pegue Martin Eden ou algum outro livro qualquer.
O segundo, comecei a ler dia desses, logo após terminar “O Jogador”. Trata-se de “Noites de Antigas”, de Norman Mailer. Queria ler algo do Norman Mailer, pois ele é considerado um dos grandes escritores do New Journalism. Peguei esse livro otimista, empolgado pela leitura de “A mulher do próximo”, do Gay Talese. É uma obra de mais de 600 páginas. Pelo resumo, o livro também parecia ser bom: ele conta histórias dos egípcios antigos, dando ênfase à questão sexual. Interessante. Porém, depois de ler 100 páginas, desisti. A linguagem é muito chata, a história não anda, e é uma confusão de nomes egípcios que te dão um verdadeiro nó no cérebro. Confesso, até, que fiquei um tanto traumatizado com o Mailer. Não sei se teria coragem de ler outro livro dele. Se bem que, para ter a fama que ele tem, deve ter escrito algo que preste.
O foda é que, depois dessa experiência frustrada de ler parte do “Noites antigas”, tenho medo de pegar outro livro-reportagem e cair no sono ao ler cinco ou seis páginas. Até sei que em Abusado, Rota 66, A Mulher do Próximo, e outros, você não quer largar o livro, mas acho que vou ter que aliviar a cabeça um pouco com “Pedaços de um caderno manchado de vinho”, do Bukoswki, que comprei na Feira do Livro de Porto Alegre do ano passado. É isso. Preciso me desintoxicar com um bom livro do velho Bud e com algumas latinhas de cerveja, pois, vou guardar o vinho para o inverno.
Hasta!

1 Comentários:

  • Porra alemao!

    No momento estou lendo Fidus Interpres - a prática da tradução profissional, que eu indico só se tu quiser ser tradutor.

    Mas se tudo der certo, em pouco tempo ganho na loteria e terei mais tempo pra ler.

    Porra!

    Por Blogger Zaratustra, às 7 de fevereiro de 2011 às 06:02  

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