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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Eu, a patroa e as crianças

Depois de me sentir o Cris, do “Todo mundo odeia o Cris”, estou começando a me sentir o Michael Kyle, do “Eu, a patroa e as crianças”. Pois é. Assim como ele, também tento aplicar meus métodos psicológicos na patroa e nas crianças, mas nem sempre funcionam. Por exemplo, dia desses eu estava podre de cansado e com sono, e a Larissa não parava de espernear na cama, provavelmente querendo colo. Eu conversei com ela um monte, aqueles papos-cabeça, manjam, do tipo “quem é o nenezinho do papai? É a Lalissa? Cadê meu nenezinho?” e ela respondendo “anguuuuuu”, enfim, ela ficou sem sono e querendo mais folia e eu louco para tirar uma soneca. Fechei os olhos, fingindo que estava dormindo. Vez em quando, dava uma espiadinha e ela estava lá, com os olhos super arregalados, me olhando, querendo mais conversa. Enfim, não funcionou minha tática e acabei pegando-a no colo e andando com ela pelo apartamento enquanto ela observava tudo e comentava: angu.
Outra forma de tentar enganá-la mal sucedida é quando ela quer que eu caminhe carregando-a no colo. Sabe cumé, os nenês de dois meses têm a mania de acharem que são os donos do mundo: ou você faz o que eles querem, ou eles estouram os seus tímpanos. Pois é. Vez em quando ela quer que eu a pegue no colo, mas tem que ser caminhando. Enquanto ando, ela fica ali, quietinha, olhando, mexendo as mãozinhas e os bracinhos, falando “anguuuuu”. Mas, quando sento, ela franze a testa, olha-me com ar de estranheza, abre bem aquela boquinha miúda, fica vermelhinha e buáááááááááááááá!!!!!!! E eu, como um mero papai-servo, levanto-me rapidamente, dizendo “nananana, papai ta aqui”, e, assim, ela se acalma, para de chorar, e logo está falando “angu” e dando risada.
Sabendo disso, bolei um plano. Sentei com ela no colo e fiquei me balançando, tentando imitar o movimento de quando se está andando. Também não funcionou a enganação e logo ela botou a goela no mundo. Muito esperta essa criança. E impaciente também.
Já a patroa me contou esses dias que, quando chego com gosto de Halls, ela sabe que eu bebi. Tu vês. E a Laura, minha enteada, não toma suco de fruta natural. Apenas artificial. Já tentei enganá-la várias vezes, dizendo que o natural é artificial, mas ela nunca caiu nessa. Mas enfim, assim como o Michael Kyle está sempre tentando mudar a patroa e as crianças com as suas táticas psicológicas, eu também não vou desistir tão fácil. Um dia, ainda vou ser autoridade lá em casa!

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