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sábado, 12 de junho de 2010

Relacionamento: tesão e tédio de mãos dadas

Homens e mulheres há milênios buscam hipóteses (e não teorias, que dependem de confirmações através de dados) para os relacionamentos conjugais. Um amigo meu, chamado Thales (confesso que não sei o sobrenome da criatura), criou uma hipótese bem interessante sobre os relacionamentos, que, resumidamente, é isso: a primeira fase, que todos passam, e que é tida por muitos como a melhor, é a do conhecimento. Ou seja, nessa etapa ambos estão envolvidos 100% um com o outro, querendo saber o que o outro pensa, o que não pensa, seu passado, presente, sonhos para o futuro, etc. Tudo é perdoado e o nível de compreensão de um para com o outro é praticamente unânime entre os casais nesse estágio.
O segundo, é o da estabilidade, que pode ser visto como “rotina”, ou, sendo mais direto, como algo “chato pra caramba”. Coloco aqui as palavras do próprio Thales, retiradas de seu blog (http://thalesmtz.blogspot.com/), que definem esse estágio em: “levar [a namorada ou o namorado] pra casa ver filme, novela ou qualquer bobagem na TV e ir pra cama. Significa ter que ir em jantas familiares, bater um papo e tomar uma cerveja com a sogra e o sogro, voltar pra casa e ... cama. Então vocês decidem fazer sexo numa dessas noites, e percebem que o sexo se tornou apenas mais uma ferramenta do relacionamento e não é mais o ápice como era antes, aquele TESÃO foi perdido, não tem mais novidade em cada movimento feito, e por isso tudo vai regredindo, desgastando...”.
Porém, passada essa fase, o casal encontra-se diante de duas possibilidades. Uma, é a da traição. Ou seja, o homem, ou a mulher, vai buscar esse tesão perdido em outras carnes. E isso pode levar ao fim do relacionamento. Ele pode até ser mantido nas aparências, mas o casal sentirá que aquilo que acabou, não volta mais. A outra possibilidade, que aí sim pode melhorar o relacionamento (não uso aqui o termo “salvar”, porque se um relacionamento precisa ser “salvo” é porque ele não é bom, e se não é bom, não há a necessidade de ser mantido, ou melhor, forçado), enfim, outra maneira de melhorar a relação é a fase das metas. Aqui, sim, o casal pode recuperar o tesão, em todos os sentidos. Como diz o Thales, “começam a trabalhar juntos pra vencer as barreiras que aparecem na sua frente”. No entanto, para chegar e viver essa fase, o casal deve ter paciência e compreensão um com o outro. E o principal: o casal deve ter metas em comum, que não estejam relacionadas ou não dependam de terceiros (pais, parentes, amigos, etc). Caso contrário, o casal não terá o controle da situação, e isso é como ficar a deriva no Oceano, sendo guiado pela vontade das águas e do vento.
Claro que isso é apenas uma hipótese que, para se tornar teoria, teria que ser confirmada com dados, análises, entrevistas, pesquisa bibliográfica, e tudo o mais, que desanda para o campo da psicologia.
Há, por exemplo, aqueles que acreditam em amor eterno, e que realmente vivem uma vida inteira juntos, com amor (isso não inclui felicidade e aventura 100% da vida, porque ninguém é feliz 100% do tempo), e há outros, como o David Coimbra, que disse no lançamento do livro dos 25 anos de ZH: “já pensou passar a vida inteira com a mesma pessoa? Isso é muito chato!”. Porém, tudo é mutável. Pessoas que trocam de parceiros toda hora, quando se dão conta, estão em um relacionamento sério, enquanto às vezes pessoas sérias, passam a trocar de parceiros, até achar outro que dê certo, e assim segue a vida... e, como diria um filósofo luso-brasileiro, tudo depende de tudo. Fico por aqui, agradecendo a hipótese do santo-angelense Thales, que serviu de base para esse texto. Um bom fim de semana a todos.

Texto publicado no jornal A Tribuna de sexta-feira.

2 Comentários:

  • cara mais uma vez muito obrigado pela consideração !!! acabo de aumentar meu nivel de fã para o nivel 110% uaiehaiheiua abração meu amigo e tudo de bom nessa sua nova fase familia

    Por Blogger Unknown, às 12 de junho de 2010 às 18:35  

  • ateh parece q eh um caro sério esse meu ermão, que pensa sobre relacionamentos heuheuehueue sei lá seilá

    Por Blogger Carolina, às 14 de junho de 2010 às 17:05  

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