More unanswered questions
De sexta para cá, consegui a proeza de assistir a dois filmes (o que é bem difícil de se fazer quando há crianças em casa). Moonlight, o vencedor do Oscar de melhor filme, e Uma longa jornada, adaptação do livro que já comentei aqui outra vez. Também assisti a vários episódios que ainda não tinha visto de Friends, Two and half man (com Charlie) e até de Um maluco no pedaço.. (Yes, I like Will Smith). E, ao mesmo tempo, escrevi um artigo inteiro, brinquei com a Larissa, corrigi trabalhos, preparei provas, levei a Bolinha passear e estou quase terminando de ler Gringo (um romance sobre um mochileiro que cruza a América Latina e que te deixa louco para cair na estrada) e Sobre o amor, livro de poesias do velho Bukowski.
Também tenho ouvido algumas músicas diferentes, que eu nem conhecia, como Beirut (que toca nesse momento, enquanto escrevo) e Outro Eu. Sei lá, acho que tudo isso mais as viagens mais os sentimentos vão nos transformando com o tempo e penso que isso só termina quando a nossa passagem por esse planeta chega ao fim... Com certeza posso dizer que hoje não sou mais o mesmo de um ano atrás, nem de cinco, nem de oito, quando estava na sala de aula ouvindo atentamente o professor Juremir. E muito menos sou o mesmo dos tempos de graduação e, menos ainda, de antes disso, quando eu vivia no meio de um monte de gente que pensava que a cidade em que morávamos era o centro do universo. Para o bem ou para o mal, mudamos: viajamos, lemos, nos apaixonamos, deixamos de ter aquele sentimento que pensaríamos que seria eterno (thanks, God!), assistimos a filmes, revemos e relemos aquilo tudo que nos marcou, lembramos de conselhos feitos por pessoas que nos marcam como, no meu caso, o professor Juremir, que por sinal me mandou ontem um puta prefácio para o meu segundo livro que terá como tema o Jornalismo Gonzo e que será publicado, talvez, ainda nesse ano (\o/).
Mas, em meio a tudo isso, a essa espécie de fuga da realidade na literatura, no cinema, nos artigos, nas brincadeiras de criança e nas lembranças, como num filme, numa saída sem maiores pretensões, eu me deparo com a imagem que talvez mais tenha me mudado e me feito acreditar que tudo é possível (algo que sempre levei comigo, mas que é reforçado quando me deparo em uma situação como a que vivenciei esses dias). Foram poucos minutos (talvez segundos), mas que me tocaram lá no fundo: aquela imagem não me saiu da mente por praticamente nenhum instante durante os últimos dias e, enquanto eu lia, assistia a vídeos, escrevia artigos, passeava com a cachorra, brincava com as crianças, aquele brilho, aquela energia, aquela sensação de tirar o fôlego por ver o que eu vi, esteve sempre presente. E, justamente por ter tido essa experiência simples, rápida, mas marcante, de um simples encontro casual, de ver uma bela paisagem, é que bateu novamente essa vontade de sair de casa e voltar a tentar conhecer e entender o desconhecido. Como escreveu o personagem do livro que estou lendo: “Antes desta viagem, eu tinha respostas para tudo, agora não sei mais nada; só tenho perguntas”. E é essa sensação que essa bela imagem que ficou gravada em minha mente causa quando penso nela: eu não sei nada sobre tudo aquilo que eu pensava que sabia. É algo único. Mágico. Inesquecível. Para tentar entender o incompreensível, uma dose de álcool pode ser útil, como diria o velho Buk. Portanto, garçom, traga uma caipirinha, afinal, eu amo caipira!
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home