O velho e bom Dost
"Pois então continua a me escutar. Do outro lado, energias jovens, frescas, que se gastam em vão, sem apoio e isso aos milhares em toda a parte. Mil obras e boas iniciativas se poderiam fazer com o dinheiro dessa que essa velha vai deixar ao mosteiro (* ela ia deixar um dinheiro ao mosteiro para comprar uma vaga no céu - tem gente que ainda acredita que vai levar dinheiro para o céu/inferno). Centenas, talvez milhares de existências conduzidas ao bom caminho; dezenas de famílias salvas da miséria, da dissolução, da ruína, da corrupção, dos hospitais de doenças venéreas. E tudo isso com o seu dinheiro. Matá-la, tirar esse dinheiro dela, para com ele dedicar depois ao serviço de toda a humanidade e ao bem geral. Que te parece? A mancha de um só crime não ficaria apagada, insignificante, com milhares de boas ações? Por uma vida... mil vidas salvas da miséria e da ruína! Uma morte, mas, em troca, mil vidas... É uma questão de aritmética. E o que pesa nas balanças vulgares da vida essa velhota tísica, estúpida e má? Não mais que a vida de um piolho, de uma barata, e pode ser que ainda menos, já que se trata de uma velha má. Ela se alimenta da vida alheia, é má" (Crime e castigo, p.79)
Nada mas.
2 Comentários:
humm
Por Carolina, às 25 de fevereiro de 2012 às 07:45
Dãããã!
Por Marcos, às 26 de fevereiro de 2012 às 04:30
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