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domingo, 20 de julho de 2008

Perfil inédito!


Já que nenhum jornal, revista, emissora de rádio ou televisão jamais cogitou a hipótese de incluir a minha pessoa em um perfil ou auto-retrato, eu, que considero o Eduardo Ritter uma pessoa muito importante em minha vida, apesar de classificá-lo em um gênero que fica entre o tímido e o pirado-fora-da-realidade, resolvi entrevistá-lo para um novo quadro no meu blog, que vai sair em uma periodicidade não definida, e que vai depender da minha boa vontade para importunar os outros a responderem uma série de perguntas. Mas enfim, O Rebate apresenta hoje, de forma exclusive e inédita, o meu perfil, por eu mesmo! Devido a falta de inspiração para elaborar perguntas desse que vos escreve (minha capacidade de elaborá-las está ficando toda em meu trabalho oficial) copiei as perguntas feitas ao Tite, no Auto-Retrato da edição de ZH deste domingo. A vantagem que tenho em relação ao técnico colorado, é que aqui eu que vou determinar o espaço que vou dar a mim mesmo.

Qual a sua idéia de felicidade?
Estar feliz para mim é tudo. A vida é ser feliz. Não consigo pensar a vida sem pensar em felicidade. Dentro do que eu posso, faço o possível para ser feliz e tornar as outras pessoas um pouco mais felizes! Nem que seja escrevendo um monte de baboseiras, como essas, que outras pessoas vão ler e, quem sabe, vão se identificar, ou vão achar graça, ou vão simplesmente parar de ler para fazer algo mais interessante e que as torne mais feliz. Penso que a vida é muito curta para não sermos felizes. Mas pensando em momentos que me deixam feliz, posso citar algum gol do Grêmio em alguma decisão importante, como naquela vitória dramática contra o Náutico, ou o gol do Aílton na final do Brasileirão de 96 contra a Portuguesa. Ou senão, quando vejo outra pessoa feliz. A ingrata da minha irmã nem sabe, mas um momento feliz que tive recentemente foi quando vi o nome dela como 3ª colocada na seleção do mestrado da PUC. Mas uma das coisas que mais me deixa feliz hoje é poder ver o sorriso da minha noiva, Cristiane, quando eu lhe preparo alguma surpresa. Ou senão, o sorriso da Lalá, minha filhinha emprestada, quando eu faço alguma brincadeira. Isso não tem preço. Não tem dinheiro no mundo que pague. Também me sinto ótimo quando vejo que alguma matéria que fiz possa ter ajudado alguém, quando percebo que alguém presta atenção no que digo, em relação a idéias... quando consigo fazer alguém ler alguma coisa, qualquer coisa, também me sinto feliz. Quando alguém da minha família se da bem. Quando algum amigo meu se da bem. E óbvio, quando eu me dou bem também. Um exemplo disso foi quando tirei 100 na monografia ou quando ganhei o Iniciacom na minha categoria em 2005 na UERJ. Isso serve de incentivo e enche você de ânimo para correr atrás de outras coisas. Por isso acho tão importante o incentivo à educação. Se as pessoas percebem que alguém acredita nelas, elas se enchem vontade para superar outras adversidades. Às vezes um incentivo mínimo pode mudar uma vida. E essa força de vontade eu penso que é uma forma de felicidade. Você se sente feliz lutando atrás de um objetivo. E quando você cai e consegue se levantar para lutar de novo, e você consegue esse objetivo, o gosto de tê-lo alcançado se torna muito mais saboroso. É, acho que o meu primo Gérson tem razão... vou acabar escrevendo livros de auto-ajuda... Pode parecer clichê, mas é o que penso. E foda-se quem acha clichê também. Ou seja, liguem o foda-se e sejam felizes!

E o que seria a maior das tragédias?
O fim do mundo.

Qual o seu maior medo?
Primeiro, de perder as pessoas que eu amo. Segundo, de morrer.

Em que tipo de ocasião você mente?
E eu tenho cara de quem mente?

Quem são seus heróis?
Herói... Herói.... Tem tantos heróis... Trabalhando no jornalismo você acaba conhecendo pessoas que tem histórias de vida inacreditáveis. Muitas anônimas, em lugares completamente desconhecidos. Pessoas que superam perdas trágicas, que lutam com todas as forças contra doenças, drogas, violência doméstica, cada coisa que romance nenhum e ficção nenhuma conseguiria retratar. Pessoas que estão nem aí para o jogo do Grêmio, do Flamengo, da Seleção, que não sabem nada sobre os escândaldos que estão aparecendo na Globo porque estão preocupadas em estar vivas no outro dia. Esses são super-heróis. E acho que, no fundo, somos todos heróis por estarmos nesse mundo sem termos certeza absoluta de onde iremos depois.

Qual a sua característica mais marcante?
Timidez quando todos acham que eu vou me sair bem, e cara de pau quando todos acham que eu vou ter vergonha. Por isso me identifico de certa forma com a Seleção Italiana (mesmo torcendo contra ela): quando todos acham que vai vencer, perde. E quando todos apostam que vai fracassar, vence.

Qual a sua maior extravagância?
Gastar o que não posso com viagens mirabolantes, como fiz no show dos Rolling Stones em Copacabana e o carnaval em Guarapari, no Espírito Santo (minha mãe fica louca com isso).

Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo?
Meu cachorro Jimbo, que faleceu há pouco mais de uma semana. Tenho certeza que ele foi muito feliz.

E onde gostaria de viver?
Olha, estava pensando hoje sobre isso. Graças ao meu trabalho, acabei gostando de Santo Ângelo. É sério. Antes eu queria ir embora a qualquer custo. Saí, perambulei por aí, e hoje, podendo conhecer muita gente através do jornalismo, acabei gostando daqui. Conheci minha noiva aqui. Nasci aqui. Não sei quanto tempo permanecerei aqui, se algum dia irei embora ou não, mas hoje concordo com aquela idéia do Erico Verissimo (de novo ele!) de que a geografia não resolve o problema de ninguém. E por isso trato da mesma forma uma pessoa do interior da Buriti, a uma de Macaé, a outra do Rio ou de São Paulo ou de Porto Alegre ou de Nova York. Ninguém é mais do que ninguém por nascer ou morar em determinada cidade. Mas, respondendo a pergunta mais objetivamente eu gostaria de viver em qualquer cidade de qualquer estado de qualquer país em qualquer situação. Simplesmente, gosto de viver.

O que dispara seu lado consumista?
Cara, copio a resposta do Tite: livros – e acrescentaria: presentes para a minha noiva.

Um gosto inusitado.
Pão francês (não vou dar chance dos cariocas fazerem piadas de gaúcho) com salgadinho, como Pingo de Ouro, Cebolitos ou Beconzitos. Nunca achei alguém que simpatizasse com esse gosto.

Que defeito é mais fácil de perdoar?
Cara, o Tite é um filósofo. Também vou copiar a resposta dele nessa: qualquer defeito, desde que a pessoa o reconheça.

Em que situação você perde a elegância?
Quando ofendem ou agem contra alguém da minha família. Podem me xingar, mas não xinguem quem eu gosto, senão o bicho pega.

Um hábito de que você não abre mão.
Ler, ler e ler. Impossível pensar em viver sem ler. Se não leio, me sinto completamente burro. A leitura é meu oxigênio, meu combustível, meu alucinógeno.

Um hábito de que você quer se livrar?
Nenhum. Eu gosto dos meus hábitos.

Como gostaria de morrer? (porra, o repórter da ZH era meio macabro, mas vamos lá...)
Com 100 anos, com a minha legítima esposa segurando a minha mão a beira do leito, implorando: “não vá, não vá”, e eu lhe respondo: “tenho que ir, bybe, mas nunca esqueça que eu te amo muito...”.

Qual o seu atual estado de espírito?
Feliz e apaixonado.

Uma frase
Nada como não fazer nada e depois descansar. (Mário Quintana).

7 Comentários:

  • é a cara do Dudu!
    hahaha
    Não há o que dizer, sou fã!heheh

    Cem anos? Eu se fosse vc morreria com uns 105, pelo menos passa da Dercy (e eu achava que ela era imortal)

    Até mais!
    Obs.: tenho medo do Dudu entrevistando. heheheheh

    Por Blogger Espaço Diverso, às 21 de julho de 2008 às 06:05  

  • E um dia quero escrever um dos prefácios de um dos teus futuros livros!
    Te racho a cara se tu não me convidar!
    hehehehe

    Por Blogger Espaço Diverso, às 21 de julho de 2008 às 11:58  

  • huahuaha eu jah sai num perfil regoional hauahua

    Por Blogger Fábio Ritter, às 21 de julho de 2008 às 16:27  

  • Comer pão francês com salgadinho é como comer pipoca com comida. É bizarro, mas, no fundo, é bem gostoso. Viu só? Basta procurar um pouco para achar pessoas com gostos nada convencionais. abs procê guri.

    Por Blogger Ingrid Guerra, às 21 de julho de 2008 às 19:06  

  • aiai manuxo
    ingrato eh tu seu cara de tatu
    vc perde a elegância qdo não está com a cris pq só com ela q tu se comporta!!!

    Por Blogger Carolina, às 22 de julho de 2008 às 13:36  

  • Lá vem um carioca c piada d gaúcho: "olhá lá o gaúcho feliz."

    "hahah"

    só eu ri. Eu me divirto sozinho. Tchau p vcs, perdedores.

    : D

    Por Blogger BrnLng, às 25 de julho de 2008 às 12:33  

  • Veja só! lendo o perfil do moço aí,e tudo o mais, fiquei conhecendo mais meu "sobrinho emprestado"(já que é noivo da minha sobrihna Cris) que quando o conheci pessoalmente no niver da Lala(sabia que esse era meu apelido qdo criança?)gostei do que li.Um abraço,mes que vem estarei aí.

    Por Blogger ALDAIR, às 26 de julho de 2008 às 10:47  

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