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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Competição dissimulada e muitos dólares!


Fazendo a cobertura da chegada do Inter no aeroporto de Santo Ângelo para o jogo contra o São Luiz em Ijuí, lembrei de algumas colunas do David Coimbra, da Zero Hora, em que ele defende, em outras palavras, a seguinte idéia: o futebol, ou melhor, o esporte em si, principalmente os com bola (todos inventados pelos ingleses) foi um aprimoramento da civilização (inventada pelas mulheres, mas se quiser saber mais indico Jogo de Damas, do próprio David) para atender a necessidade que o ser humano tem de assistir competições e disputas, que no tempo dos gladiadores, eram bem mais violentas. Ou seja, o ser humano tem que ver violência de alguma forma, já que a competição, através do esporte, é uma representação da violência, da dissimulação, enfim, do que antes era realmente uma questão de vida ou morte, mas que através do futebol se tornou de honra ou desonra, ou uma situação de vida ou morte representada.
Pensei nisso tudo ao ver centenas de pessoas aglomeradas e se empurrando para ver de perto os jogadores colorados. Não vou negar que, como jornalista, também prefiro acompanhar uma chegada do Inter com vários jogadores campeões mundiais de 2006 no aeroporto do que outros jogos que não interessam tanto ao público. Enquanto voltávamos do aeroporto, vinha comentando com o radialista Irani Brum, da Rádio Santo Ângelo (onde o Zé Aldo, do texto “Um cara fudido, mas de valor”, já trabalhou), como só o futebol consegue mobilizar tantas pessoas daquela maneira. Concordo com muitas das críticas que fazem sobre o futebol, que os supersalários que as “estrelas” futebolísticas ganham é um absurdo em um país como o Brasil, e tudo mais, mas é só o futebol, por essa necessidade que as pessoas têm em ver quem é o melhor em uma competição, consegue fazer isso. Isso fica bem visível em uma cidade com cerca de 80 mil habitantes, onde é difícil conseguir mobilizar um grande número de pessoas em torno de qualquer causa. E o Inter conseguiu isso. Centenas de pessoas foram esperar a delegação no aeroporto, e outras centenas aguardavam a passagem do ônibus colorado pelas ruas da cidade.
E foi justamente nesse momento que, cobrindo a chegada de Fernandão e Cia, pelo Jornal das Missões, fiz algumas fotos, sendo que seis saíram na edição do JM e outra saiu na página oficial do Fernandão, que conta com a assessoria do Marcelo Campos:
www.fernandaof9.com.br/f9/artigo.asp?cat=1&idartigo=339

Já na quarta-feira de noite, saí do jornal às 18h e fui direto para Ijuí com o colunista do JM, Flavinho, para assistirmos ao jogo. Chegamos de volta a Santo Ângelo às 2h, mas, como eu também sou ser humano e adoro ver a violência e a dissimulação representadas nas quatro linhas, valeu a pena, mesmo sendo torcedor da SER Santo Ângelo.

Coloco a seguir uma foto da partida, uma foto da mala contendo U$ 1 milhão que eu achava que ia ser usada pelo Inter para que o São Luiz entregasse o jogo, mas que depois descobri que na verdade o vice-presidente da CBF, Emídio Perondi, que estava lá presente, andou lendo minhas colunas, e, comovido com minha alergia a ovo, me doou para que eu procure um bom médico e trate da minha triste alergia.... Obrigado Perondão! E primeiro, uma foto tirada de dentro do ônibus, antes que o carrancudo técnico Abel Braga aparecesse para me tocar...







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