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quarta-feira, 23 de julho de 2014

On the road - Ranking de cidades americanas

Lista de cidades

Como já comentei no Facebook, quero fazer uma lista de pontos positivos e negativos dos Estados Unidos. Reservo-me a esse direito tendo em vista a quantidade de listas que europeus, americanos e gringos em geral tem feito sobre o Brasil. No entanto, hoje, na falta do que fazer na noite de uma quarta-feira chuvosa no Harlem, faço essa lista: das melhores cidades americanas. Um pouco dessa inspiração foi gerada pela pergunta que todos fazem: "se você pudesse escolher, ficaria nos Estados Unidos ou voltaria para o Brasil?". Para mim, a resposta é clara: se eu tivesse as mesmas condições de salário e de atividade profissional, escolheria os Estados Unidos. Mas como isso é praticamente impossível, eu nem cogito essa hipótese. Então, numa viagem platônica, fiz essa lista rankeando as cidades da terra do Obama. Para tanto, estabeleci os seguinte critérios:

a) A ordem de classificação é a ordem da cidade que eu escolheria para morar (não para visitar). Por exemplo, Las Vegas considero uma ótima cidade para se visitar, mas no ranking, ela perde algumas posições, pois o primeiro critério é moradia.
b) Só estão na lista as cidades na qual fiquei pelo menos um dia. Ou seja, algumas pela qual simplesmente "passei" em minha viagem cross-country pelos Satetes, não estão rankeadas.

Segue a lista:

1) New York City. Na minha opinião, a campeã em todos os sentidos - moradia e turismo. A que mais tem pontos turísticos, a que mais tem coisas para fazer para todos os gostos e a mais bonita. Posso dizer que todas as outras cidades americanas você conhece razoavelmente bem em uma semana. Não New York City. Minha irmã, por exemplo, ficou aqui uma semana e não conseguiu ver tudo (e o que ela viu foi meio que na correria). E ainda por cima é a melhor para morar, pois você pode fazer tudo de metrô, não precisa de carro para se locomover, e tem uma atividade cultural que não para - e para todos os gostos. É boa para tudo: descanso, lazer, bares, atividades culturais, exposições, passeios, história, etc... Portanto, se eu fosse morar nos Estados Unidos, a prioridade seria para NYC.

2) Miami. Gostei, de maneira geral, de Miami. Diria que não tem o mesmo transporte público de Nova York, mas o trânsito ao menos não é tão caótico quanto o de Los Angeles, por exemplo. A sensação é de uma cidade média-grande. Você pode morar em Miami e ficar perto de um monte de praias paradisíacas. Também conta com uma intensa programação de atividades e eventos. E o clima é agradável, pelo menos no inverno... E também ajudou as pessoas que conheci lá, que foram sensacionais. Morar num lugar aonde você pode conhecer pessoas legais também ajuda.

3) Chicago. A imagem que fiquei de Chicago é que é uma New York City um pouco menor. O transporte público funciona, o clima é semelhante e também conta com uma vida cultural e de coisas para fazer intensa. E, sem contar, que tem os Chicago Bulls, que pra quem viveu os anos 1990, conta muito. Porém, o principal mesmo é isso: movimentação e fácil locomoção - contando com universidades fortes e intensa vida acadêmica. Portanto, é a terceira da lista.

4) Boston. É uma cidade média. Como diria o meu professor Eduardo Pellanda, faz lembrar um pouco Porto Alegre. Não é tão espalhada quanto Los Angeles, por exemplo. E tem uma vida universitária muito ativa. Gostei, mas o ponto contra é o intenso frio no inverno... Mas o que atraiu foi justamente o ritmo da cidade, sem aquela confusão caótica mas com uma movimentação legal, apesar de que quando eu estive lá era inverno e a temperatura estava abaixo de 0....

5) San Diego. O principal ponto a favor é o clima e as praias. O problema é que as praias são todas espalhadas, e downtown não é tão atrativa. Então, o negócio seria escolher uma praia para morar. Podendo fazer isso, eu colocaria San Diego em quinto lugar. Tendo um carro, você leva uma vida tranquila numa das praias, podendo ir para as outras quando quiser. Mas é uma cidade muito mais tranquila do que as outras citadas anteriormente. O ritmo de vida é, digamos, interiorano.

6) Washington DC. É uma cidade média também, que surpreende por não ter arranha-céus. No passado recente, cheguei a escrever que me lembra Ijuí. Não é tão espalhada, mas um carro não cai mal. O ritmo, por incrível que pareça, também é interiorano. Mas, por ser a capital do país, obviamente tem uma programação ativa de atividades. Na lista de cidades a serem visitadas, provavelmente a colocaria em segundo ou terceiro lugar. Mas, para morar, fica na sexta posição...

7) Denver. Não é uma cidade gigantesca, espalhada e com um trânsito caótico. Você consegue se virar com trem, ônibus, ou, se preferir carro, não chega a ser tão apavorante. Tem de tudo, e fica perto de Aspen e das montanhas. O clima é agradável. Conta com muitos moradores de rua, mas, se comparar com o Brasil, não é nada tão assustador. É uma capital que também, de certa forma, me fez lembrar Porto Alegre.

8) Los Angeles. Apesar da fama, não achei uma cidade boa nem de visitar nem de morar. O trânsito é um inferno e, apesar disso, um carro é a melhor forma de locomoção. Tudo é longe e você fica horas parado dentro do carro esperando para andar alguns centímetros. O trânsito simplesmente faz você brochar. Mas, moraria se fosse em alguma das praias, sem precisar estar me locomovendo tão frequentemente. A vantagem é que você está perto de outros lugares turísticos e paradisíacos, como San Diego, Las Vegas e San Francisco. Hollyoody é um inferno, pois é cheio de turistas, e o trânsito é uma bosta e os estacionamentos ficam lotados. Até você achar um lugar para estacionar você já está quase desistindo do passeio... Em Beverly Hills simplesmente não há lugar para estacionar. Corrigindo: até há, se você catar um dos raros lugares vagos ruazinhas paralelas... Enfim, foi uma das decepções que tive dos Estados Unidos.

9) Filadélfia. A cidade do Rocky Balboa, do Will Smith e do Indepence Hall não tem grandes atrativos quanto as outras cidades mais famosas, mas é uma cidade perto de Nova York, de Washington DC e que você consegue se locomover e manter um ritmo legal no dia a dia. Não é grande o sufidente para você obrigatoriamente precisar de um carro e o transporte público funciona razoavelmente bem.

10) Las Vegas. Se a lista fosse de cidades para visitar, certamente estaria entre as três ou quatro primeiras. Mas, para morar, o principal problema é o clima. O calor no verão é insuportável. E, por mais que você ame cassinos, você não iria passar todos os dais da sua vida jogando, ganhando e perdendo nos jogos... Mas, apesar disso, conta com uma vida movimentada, principalmente pelo turísmo... E também é relativamente perto de um monte de lugares fodas, como as praias da Califórnai e os cannyons no Arizona.

11) Lousville. A cidade natal de Hunter Tompson é uma cidade média-pequena que conta com uma movimentação, digamos, normal. O transporte público não é nenhuma maravilha, mas com um carro você está bem. Não tem nenhum grande atrativo turístico (a principal atração é a corrida de cavalos do Kentucky Derby, que inspirou Thompson a escrever "O Kentucky Derby é depravado e decadente" - que é a mais famosa corrida de cavalos dos Estados Unidos). Mas, enfim, diria que essa é uma cidade "quase" normal - apesar de ser uma das que eu mais vi gente maluca. E foi a cidade em que tive o enorme prazer de conhecer o poeta, professor universitário, escritor e amigo de Hunter Thompson, Ron Whitehead!

12) Detroit. A cidade mais violenta dos Estados Unidos também conta com um ritmo que me pareceu normal. É perto do Canadá e de Chicago. Se você morar perto do centro, está Ok. Não tem grandes pontos a favor, mas também não tem nada muito contra - além da violência que, se comparada com o Brasil, não é grande coisa...

13) Aspen. A cidade, para conhecer, é uma maravilha. É linda, paradisíaca, no meio das montanhas do Colorado e tudo o mais. Porém, conta com apenas seis mil habitantes. Também foi a cidade que Hunter Thompson escolheu para se candidatar a xerife e para morar o resto de sua vida. Não consigo me ver morando num lugar desses... É muito parado. Enfim, é bom pra conhecer, mas não para morar... (pelo menos no meu caso...)

14) A penúltima cidade da lista é Pittsburgh. Além dos traumas pessoais, que já relatei aqui, na minha viagem cross-country tive a infelicidade de dirigir nesse caos. É horrível. Fora as pessoas que conheci, que foram fantásticas, o ritmo da cidade e as autoridades que tive o desprazer de ter contato me fizeram pegar aversão a Pittsburgh. De todas as cidades que conheci nos Estados Unidos, certamente, se não fossem as outras duas últimas da lista, seria a última que escolheria para morar...

15) Holcomb e Garden City. São praticamente a mesma coisa - para quem é missioneiro, como Santo Ângelo e Entre-Ijuís. Holocomb é a cidade em que a família Clutter foi assassinada nos anos 1950 e que teve o seu caso imortalizado pelo livro "A sangue frio", do jornalista Truman Capote - e que virou mais de um filme hollyoodiano. E a vizinha Garden City é aonde a família está enterrada. Enfim, são duas cidades pequenas paradas no tempo. A sensação que se tem é que o crime, de 60 anos atrás, aconteceu na noite anterior. Portanto, seriam a minha última opção de moradia nos Estados Unidos (e certamente eu seria muito deprimido se tivesse que morar num lugar desses).

PS: Cidades como Newark, em New Jersey, e Dallas, no Texas, por onde fiquei apenas algumas horas, preferi não fazer nenhum comentário, por não ter subsídios suficientes para avalia-lás. Mas, sinceramente, também não me atrairam muito não... O mesmo vale para Kansas Citye e Columbus, aonde dormi uma noite, mas não cheguei a fazer uma visita mais profunda...
PS 2: Todas as fotos desse post foram tiradas por myself.
PS 3: On the road and Fé na Estrada porra!!!

sábado, 19 de julho de 2014

Tributo a Hunter Thompson

* Texto que, se Deus, o editor e o dono do Jornal das Missões quiserem, será publicado na próxima semana no JM.

No início de julho, iniciei a minha viagem cross-country pelos Estados Unidos. Saí de San Diego, no extremo sul do país (divisa com o México), no lado oeste, e cheguei nessa semana, após 15 dias na estrada, em Nova York, no extremo norte da costa leste (perto do Canadá). São tantos pontos a serem falados e comentados, que creio que tudo caberá apenas em formato de livro. Portanto, para essa coluna, reservo um dos pontos altos da viagem: a minha passagem por Woody Creek, no estado do Colorado.
Como já comentei aqui, a minha tese de doutorado que estou fazendo pela PUCRS, com esse período de estágio doutoral na New York University, é sobre Jornalismo Literário - Jornalismo Gonzo. A obra de Hunter Thompson e a sua relação com a palavra grega parresía, a fala franca no espaço público em que o emissor assume riscos por assumir essa fala da verdade. Esse conceito foi trabalhado pelo filósofo francês Michel Foucault, e, na verdade, deveria ser a premissa básica da prática jornalística. Mas não é. E Hunter Thompson foi um dos poucos que praticou a parresía no campo jornalístico. Ponto.
Assim que cheguei no Colorado, passei por Aspen, a cidade aonde Hunter Thompson foi candidato a xerife nos anos 1970, com propostas como mudar o nome da cidade para "Fat City" (Cidade dos Gordos). A candidatura de um rebelde ousado chamou a atenção da mídia do país, que acompanhou a eleição na cidade que hoje conta com 6 mil habitantes. Naquele tempo, ele já pregava a legalização da maconha (que aconteceu esse ano no Colorado), mas perdeu por pouco (depois de ser ameaçado de morte, e tudo o mais - justamente por praticar a parresía, ou seja, a fala franca). Ele adotou a cidade vizinha, Woody Creek, que na verdade é um povoado, para viver o resto de sua vida. E foi na sua fazenda, chamada de Owl Farm, que ele escreveu as suas principais obras, como Hell's Angels e Medo e Delírio em Las Vegas. Ponto.
Depois de muito insistir (só essa história já vale um capítulo de livro) consegui agendar aos 45 do segundo tempo uma entrevista com Anita Thompson, a viúva de Hunter, que vive em Owl Farm. E lá, realizei esse sonho pessoal, acadêmico e profissional: vi a casa de Hunter por dentro, a sala em que ele escrevia suas obras, o local aonde ficava o monumento construído após a sua morte, e financiado por atores como Johny Deep (o monumento custava milhões)... Enfim, pude respirar um pouco do ar gonzo, além de ter uma tarde com uma conversa sensacional com Anita.
Aprendi muito com a obra de Thompson, e não precisa ser jornalista nem acadêmico para lê-la - pois a leitura é fácil e divertida. Por isso, indico a todos a leitura de seus textos, justamente na semana em que Hunter Thompson completaria 77 anos (ele morreu em 2005). Como ressaltou Anita Thompson, quando a gente lê a obra dele, sentimo-nos poderosos, com o força para mudar o mundo. E, é no que acredito, o mundo e o jornalismo estão precisando muito disso. Portanto, viva o Jornalismo Gonzo. E viva Hunter Thompson.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Apostando alto

* Como quero escrever textos específicos sobre alguns tópicos da viagem, ou, de repente, numa semana de inspiração alucinógena escrever uma espécie de On The Road no futuro, posto aqui esse pequeno e singelo texto sobre Vegas e os 7 a 1 aplicados no Brasil, e que, se o editor, o dono do jornal e Deus quiserem, serão publicados no JM de algum dia qualquer. Segue.

Fear and Loathing in las Vegas. Ou simplesmente "Medo e delírio em Las Vegas". Assim que cheguei na cidade do pecado, imediatamente fui conferir os lugares mencionados por Hunter Thompson em seu livro e que também aparecem no filme homônimo. Na entrada do Circus, na porta iluminada pelas milhões de luzes amarelas, fiquei imaginando Thompson e o seu advogado entrando aos trancos e barrancos no casino, trombando em seguranças e quase virando as máquinas caça-níqueis. Depois, no Flamingo, lembrei principalmente da cena em que ele deixa o hotel com uma dívida gigantesca para trás. E, por fim, no Mint, que não existe mais, fiquei tentando formar na minha massa cinzenta a imagem de Thompson e seu advogado chapados no meio de uma conferência cheia de policias para debater o combate aos narcóticos...
Para muitos, o que Hunter fez foi uma irresponsabilidade atrás da outra. Mas, após publicar tudo em livro, ele simplesmente jogou na cara da sociedade americana a piada que é o seu próprio conservadorismo, algumas leis absurdas e a decadência do sonho americano. Da publicação do livro nos anos 1970 para cá, Las Vegas só cresceu. A Strip Boulevard, a principal avenida aonde estão concentrados os casinos mais famosos, é um formigueiro de gente iluminado por luzes platinadas no meio do deserto.
Dentro dos casinos, fui prudente: apostei (e perdi) apenas alguns poucos dólares, mas que foram compensados pelo fato de que, enquanto você está jogando, os drinks e a bebida são de graça. Porém, não apostei mais do que podia. Apenas cumpri a promessa, feita mais de um ano atrás, de jogar uma ficha e tomar um drinque em homenagem aos recalcados dos tempos da ditadura militar. Enfim...
Foi em um casino de Vegas que, vendo pessoas jogar muitas notas de 100 dólares - algumas ganhando e outras perdendo - assisti aos 7 a 1 impostos da Alemanha na semifinal da Copa. E pensei: ao assumir a seleção poucos anos atrás, o Felipão apostou alto. A chance de dar certo um time formado pelos jogadores dessa geração era mínima. Ou ele apostava nas estrelas apagadas e que não rendem mais, como Robinho e Kaká, ou nos jogadores novos e medianos que aí estavam. Ou seja, apenas um milagre poderia salvá-lo. É como você perder 10 mil dólares no cassino, e jogar mais 10 mil torcendo por um milagre de recuperar o que perdeu e ainda lucrar. É uma chance em um milhão. E, por isso, creio que Felipão jogou alto e, depois de ter várias fichas na mão, perdeu tudo.
O espaço acabou, porém, só mais uma coisa: o fiasco não teve um culpado. O fiasco foi resultado do azar do Brasil ter ido tão longe nessa Copa, com um time formado por uma geração de jogadores medíocres.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Entrevista com Ralph Steadman

Graças ao poeta Ron Whitehead, que eu já mencionei aqui nos posts da Gonzofest, consegui fazer essa simples e singela entrevista por email com o artista Ralph Steadman: simplesmente o cara que acompanhou Hunter Thompson em toda a sua trajetória Gonzo, fazendo as ilustrações das suas matérias. Artigo sobre ele será apresentado com a colega Tammie Farias e pelo jornalista Vinícius Waltzer, juntamente com esse que vos escreve, no Intercom 2014 em Foz do Iguaçu.
Bom, não quis mandar uma pilha de perguntas, pois fiz isso com outros, e eles simplesmente não responderam. Então, fiz apenas algumas poucas (meia dúzia), que foram respondidas brevemente. Enfim, segue a entrevista:

1)Depois de anos trabalhando com Hunter, na sua opinião, qual foi a mais importante ilustração Gonzo da sua carreira. Por quê?
Lizard Lounge de Medo e Delírio em Las Vegas. É o meu favorito, pois contém todos os elementos loucos, viscosos, traiçoeiros, e as tentações perigosas que estão à espreita no que é, aparentemente, um lugar para se divertir e local ímpar de jogos de azar! Você deve ser capaz de fazer isso sem colocar em perigo a sua vida e a sua integridade física, senão será a sua ruína final!

2)Você acredita que outros jornalistas podem, contemporaneamente, fazer o mesmo que Hunter (Jornalismo Gonzo)?
Hunter é ÚNICO!!! Ninguém mais poderia fazer algo tão inovador quanto Hunter fez no passado….

3) Quais artistas te influenciaram na sua formação da sua carreira?
Georg Grosz e PICASSO e um pouco de Rembrandt e Leonardo da Vinci!!

4) Como você caracterizaria as suas ilustrações feitas para os textos gonzo?
Eu apenas lanço o pincel para a direita na tela em preto e branco e a maioria dos desenhos já sai pronta! (é basicamente o que ele mostra no documentário... mas ele entendeu a pergunta como se fosse “como você faz” manualmente falando, e eu perguntei no sentido de características teóricas... enfim...)

5) Eu esotu trabalhando com a palavra grega “parresia”, que significa, basicamente, a fala franca no espaço público contra o poder, e a relação dessa palavra com o jornalismo gonzo. Você pensa que as suas ilustrações, especialmente nos textos de Hunter, tem essa mesma função (fala pública contra o sistema)?
Eles (os gregos) foram a todos os lugares que eles desejaram ir – por nenhuma boa razão (ele usou o título do documentário sobre ele FOR NO GOOD REASON….) E eu, assim como o Hunter, tínhamos esse sentimento de lutar contra o que está estabelecido... Ele fazia isso com os textos, e eu, com as ilustrações...

6) Sinta-se a vontade para comentar histórias ou pensamentos que você tem sobre o Jornalismo Gonzo e o Hunter Thompson e que você considera importante de ser lembrado.
Ele simplesmente mandou eu ver o documentário (apesar de que no primeiro email eu disse que não iria fazer perguntas sobre o que já está revelado no documentário ou nos livros biográficos do Hunter). Mas, enfim... esses geniosos são complicados....